domingo, 26 de junho de 2011

If not now, then when?

Quanto tempo teremos que esperar para que a ideologia que temos sobre o que são os nossos sonhos se tornem realidade?

domingo, 15 de maio de 2011

Uma pedra em meio ao oceano

Tudo o que penso em escrever é tão comum, é tão cliché. Mas e daí? O amor é cliché.
Normalmente as pessoas referem-se a pedras como obstáculos, barreiras, caracterizam-na como sua forma, pesada e sólida, mas no meu caso, devo citar que a pedra subtrai todo e qualquer negativismo. Pedras são sólidas, estáveis, firmes, concretas, seguras. Mares são instáveis, profundos, penetrantes, inseguros, perigosos. Pedras são admiráveis em sua síntese, enquanto mares, são apenas atrativos que libertam seus desejos mais profundos.
Imagine viver toda sua vida acorrentado à um mar que afoga seus próprios sonhos, que destrói suas próprias esperanças e que te leva até um turbilhão de infelicidades. Imagine tentar respirar e não conseguir encontrar ar suficiente para preencher sequer um terço de seu pulmão. Imagine tentar chegar à superfície e se deparar com apenas água, e ainda sim buscar forças para continuar nadando. Imagine-se à mercê de um maremoto, enquanto tudo parece desabar. E quando você finalmente fecha os olhos e aceita que esse é o inevitável fim, se depara acolhido, seco, à sombra. Se encontra satisfeito, seguro, amado. E tudo o que você pode sentir, é que chegou ao seu lugar almejado, com seus desejos saciados, com seu coração cuidado. O que antes era escuro e sombrio, agora se torna claro e nítido, onde havia tormenta, agora se encontra a calmaria. O que antes não bastava, agora se tornava a única coisa que realmente importava. Eis aqui o seu porto seguro, eis aqui a tua pedra em meio ao oceano.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Hello darkness, my old friend

I've come to talk with you again.
Andando pela escuridão eu estive, por muito tempo. Estive em ruas estreitas, pisei em espinhos que causaram remorsos, senti dores que nunca soube de onde vieram, conversei com paredes que me fizeram companhia, fiz do desamor um lar que me abrigou, vi coisas que nunca estiveram ali, pronunciei palavras que jamais deveriam ter sido ditas, observei atentamente as bocas que se moviam enquanto som nenhum era reproduzido, e em sua eterna ausência, enxuguei minhas lágrimas com meus próprios dedos, afaguei meus próprios cabelos, e dormi escutando o som do meu próprio silêncio.- Simon and Garfunkel 

quinta-feira, 24 de março de 2011

Arrepender-se em vão é

É certo sentir dor por coisas que já se passaram? Porque é tão difícil simplesmente deixar o passado pra trás? Porque não é como qualquer um? Porque tudo não passa como deveria passar com todos? Atravessar esta retrospectiva de sentimentos tão amargurados é destruidor, e a cada vez que isso se repete, superar se torna mais impossível pra mim. O passado foi feito pra ficar onde está, mas ainda sim, alguns corações ousam quebrar as regras do esquecimento e voltar em eventuais momentos, o que me corrói. Tudo na vida passa, mas nem sempre com a mesma intensidade. Os fracos remoem sentimentos. Os fracos se tornam cada vez mais fracos. Talvez, se fossem assim tão fortes quanto pensam, não teriam nem ao menos entrado nesse canto adormecido. Talvez, se fossem assim tão fortes, nunca teriam sequer escrito esta história de corações fracos.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Quimeras de um coração partido

O quanto temos que nos entregar para que dois sejam plenamente um só? Qual é o limite que divide a desilusão de sonhos acreditáveis? A verdade? E quando saberemos realmente a verdade? O quanto será suficiente para acreditarmos com verdade na verdade de alguém? Talvez não exista realmente a felicidade, talvez tudo o que sonhamos seja uma breve utopia de pensamentos fracos, de pessoas fracas, com corações fracos. Talvez nada nunca seja suficiente. Não sei se realmente existem coisas suficientes, mas enquanto houverem desejos alucinados, corpos que não se contém e corações que ainda batem, existirão os desejos, e são eles que manipulam cruelmente os sonhos de alguém, e quando massacrados, nos torna meros sonhadores incontestáveis, e nunca, nada será suficiente.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Velando sentimentos mortos

Sinto falta de um passado distante. Sinto falta de lembranças recentes. Sinto falta de coisas que não vivi. Sinto falta de tantas coisas e tantas pessoas que não sei ao certo de quem sinto falta, mas sei o porque. Não é difícil saber o porque de sentir falta de alguém que me ouvia cantar " You're the closest to heaven that I'll ever be and I don't want to go home right now." e dizia sem cessar "And you can't fight the tears that ain't coming or the moment of truth in your lies...". Não é difícil saber o porque de sentir falta de alguém que escrevia "Eu te amo." no espelho. Não é difícil saber o porque de sentir falta de alguém que me escrevia um texto por dia no bloco de notas, só pra me imaginar fazendo aquela carinha quando lia. E hoje, em meio há tantas faltas, sinto um buraco enorme no peito, um vazio sem nada e nem ninguém pra compensar. É como se ele não existisse mais. Como se eu estivesse chorando por alguém que se foi. Como se estivesse sentindo falta de alguém que jamais estivera ali. E já não resta mais nada. Estou velando meu próprio coração.


quinta-feira, 3 de março de 2011

Como um dia, tudo volta

"Afinal, de quantas maneiras um coração pode ser destroçado e ainda continuar batendo?"

Nunca deixe algo que um dia te destruiu volte à sua vida. A não ser que seja realmente necessário. E o quanto é realmente necessário? O quanto temos que precisar de alguém para que sua presença seja realmente necessária? O quanto temos que amar alguém para esquecer as tempestades e voltar ao arco íris? O quanto somos capazes de superar tudo o que um dia passou só por caprichos? Porque o amor nada mais é do que caprichos de um coração mal compreendido. E estou aqui, novamente, cedendo aos caprichos de um dia me levou ao verdadeiro fim. Desarmada pelo seu cheiro. Sedenta de sua boca. Aniquilada por sua voz. Cega por seus desejos.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Existe vida depois de você?

Existe um tempo em que olhamos ao nosso redor para avaliar onde estamos, onde chegamos e o que realmente conquistamos, e essas conquistas são o que nos tornam importantes ou não, são o que nos faz rir e chorar, o que nos leva até o ápice de uma vida ao menos satisfatória, uma vida motivada, feliz. Como ser feliz quando tudo o que imaginamos que tínhamos o tempo todo já não está mais lá? Como conseguir prosseguir ou dar continuidade a algo que sozinhos não podemos conseguir? Como suportar a dor de saber que tudo que um dia te pertencia hoje já não te quer pertencer? Como esquecer momentos inesquecíveis? Como olhar pra frente e tentar prosseguir se tudo o que você precisa é voltar ao passado? Como ser feliz sozinha se a minha felicidade é você? O que você faria se pudesse voltar atrás e mudar apenas uma coisa? Como viver sabendo que a vida nunca mais será a mesma sem você? Escrevo, leio, releio umas 40 vezes o mesmo texto e todas as vezes ele soa tão impactante como se estivesse lendo pela primeira vez e a idéia ainda se mantém firme em minha mente, o frio se mantém duro em meu estômago, a dor se mantém cruel em meu corpo, o sentimento se mantém eterno em meu coração. E é como se cada palavra que eu escrevesse fosse capaz de multiplicar o que sinto. Então, paro e penso em quantas pessoas lerão isso, quantas se identificarão e quantos vão olhar e pensar: ''Nossa, hoje ela escreveu pra mim''. Mas a verdade é que eu escrevi por você, mesmo que ainda exista uma distância absurda que talvez nunca deixe de existir entre nós, mesmo que nossas brigas sejam superadas muito depois do que realmente deveria ter acontecido, mesmo que o seu orgulho e o meu ego atrapalhem incontrolávelmente, mesmo que você me ligue só pra dizer que me ama e me pedir pra te dizer que te amo do jeito que ninguém mais faz, mesmo que um dia como hoje, você tente me ignorar, ambos sabemos que você nunca vai poder, porque enquanto você respirar, não existirá nada que eu não faça por você. Porque você é o único que me faria enfrentar qualquer coisa, atravessar o oceano mais profundo, encarar qualquer tempestade por mais forte que seja, alcançar o mais alto que houver, porque eu também sei que você é o único que faria por mim, então, eu continuo esperando.

Planos

Ainda hoje me perguntei porque é que as pessoas tem esse hábito maldito de fazer planos, planos que na maior parte das vezes, nunca se concretizam. Planos são ilusórios, quando na verdade, se passam por pensamentos positivos qual nos prendemos para alcançar algo almejado. Nem sempre o caminho que traçamos nos direciona até o lugar onde realmente gostaríamos de estar, e as consequências são fardos que quase sempre mal podemos carregar.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sobrevivência

Reviver. Reviver situações inevitáveis. Pensar em nós é algo involuntário, porque, por mais que eu tente evitar, você simplesmente não me deixa te esquecer. Juro que pensei por um longo tempo que nunca mais seríamos o que fomos um dia, mas com apenas uma noite, pude descobrir que na verdade, nós nunca deixamos de ser o que sempre fomos um para o outro. Ler aquela velha frase que me diz que meu cotidiano é um verdadeiro teste de sobrevivência me fez perceber o quando aquele quarto, aquela cama, aquele cheiro, aquele jeito ainda é tão nosso, só nosso. Como alguém pode significar tanto e fazer tanta falta à outra pessoa? Até quando podemos tentar substituir a pessoa que mais nos importa? É como se estivéssemos tentando tapar as rachaduras de um coração partido com os meios indevidos. É o que dizem: ''Nada como um novo amor para curar um coração ferido''. Mas até quando aquele nosso novo amor pode se fazer passar pela verdadeira pessoa que queríamos que estivesse ao nosso lado? Até que ponto nosso novo amor pode substituir o antigo? Na verdade, ninguém é assim tão insubstituível. Momentos, recordações, sentimentos, alegrias, alguém que te complete verdadeiramente sem que você precise de mais ninguém, poder acordar e dar um beijo de bom dia, chegar em casa e encontrar tudo aquilo que você precisa no mundo inteiro em uma só pessoa, coisas que só o verdadeiro amor pode nos oferecer, o verdadeiro e insubstituível amor.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Miss you, miss you all the time

Sinto sua falta. Sinto sua falta o tempo todo, como se estivéssemos acabado de nos conhecer, como se estivéssemos acabado de nos despedir pra nos vermos daqui a umas horas, sinto sua falta como se você estivesse me esperando em algum lugar, e de certa forma, eu sei que está. Sei que sua presença é algo mais perceptível a cada dia, mas não posso evitar sentir a distância. É algo que já faz parte de nós. Sei que te tenho, sei que te quero, sei que é tudo o que eu preciso pra me fazer feliz, mas ao mesmo tempo, sei que não está ali onde deveria estar.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

E eu, que nunca havia pensado em te perder, agora estava em prantos.

Ouvir aquelas palavras haviam me proporcionado uma dor enorme qual não poderia explicar, pois não haviam palavras que se equivaliam à dor para descrevê-la. Fiquei a imaginar como seria a vida se não houvesse você. Se não houvesse tudo aquilo que hoje era o que me fazia abrir os olhos pela manhã, o que me fazia sentir vontade de continuar, o que me fazia sorrir mesmo sem querer. Não pude encontrar respostas. Talvez eu nunca pudesse. E então eu houvera finalmente descoberto que eu nunca havia sido nada sem você, que a vida sem você não havia sentido, que eu jamais havia existido antes de te conhecer.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O interminável amanhecer da imortalidade.

Pus as mãos dos dois lados de seu rosto e fechei os olhos, concentrada.
Eu não me saíra muito bem quando Zafrina tentara me ensinar, mas agora eu conhecia melhor meu escudo. Entendia a parte que combatia a separação de mim, o instinto automático para a autopreservação acima de qualquer coisa.
Ainda não era nem de longe tão fácil quanto proteger outras pessoas junto comigo. Senti o puxão elástico de novo enquanto meu escudo lutava para me proteger. Tive de lutar para empurrá-lo inteiramente para fora de mim; precisei de toda minha concentração.
-Bella!- Edward sussurrou, em choque.
Eu soube então que estava funcionando, e me concentrei ainda mais, trazendo as lembranças específicas que eu havia poupado para este momento, deixando que inundassem minha mente e, com sorte, a dele também.
Parte das lembranças não eram tão claras - lembranças humanas indistintas, vistas através de olhos fracos e ouvidas por ouvidos fracos: a primeira vez em que vira o rosto dele... o que senti quando ele me segurou na campina... o som de sua voz na escuridão de minha consciência vacilante, quando ele me salvara de James... seu rosto enquanto me esperava sob o dossel de flores no dia de nosso casamento... cada momento precioso da ilha... suas mãos frias tocando nosso bebê através da minha pele...
E as lembranças agudas, perfeitamente recordadas: seu tosto quando eu abrira os olhos para minha nova vida, para o interminável amanhecer da imortalidade... aquele primeiro beijo... aquela primeira noite...
Os lábios de Edward, de repente ferozes nos meus, romperam minha concentração.
Com um arquejo, deixei escapar o peso vibrante que tentava manter afastado de mim. Ele voltou como um elástico esticado, protegendo meus pensamentos de novo.
-Epa, perdi!- suspirei.
- Eu ouvi você - sussurrou ele - Como? Como fez isso?
- Idéia de Zafrina. Treinamos algumas vezes.
Ele estava atordoado. Piscou duas vezes e sacudiu a cabeça.
- Agora você sabe - eu disse baixinho e dei de ombros. - Ninguém jamais amou alguém como eu amo você.
- Você quase tem razão. - Ele sorriu, os olhos ainda um pouco maiores do que o normal. - Só sei de uma exceção.
- Mentiroso.
Ele começou a me beijar de novo, mas parou de repente.
- Pode fazer isso outra vez? - perguntou.
Fiz uma careta.
- É muito difícil.
Ele esperou, a expressão ansiosa.
- Não consigo me fixar se tiver a mais leve distração - alertei-o.
- Vou me comportar - ele prometeu.
Franzi os lábios, meus olhos se estreitando. Depois sorri.
Coloquei as mãos em seu rosto de novo, lançando o escudo para fora de minha mente, e então comecei onde eu havia parado - com a lembrança clara como cristal da primeira noite de minha vida nova... demorando-me nos detalhes.
Eu ri sem fôlego quando seu beijo ansioso me interrompeu meus esforços de novo.
-Droga - grunhiu ele, beijando faminto a linha do meu maxilar.
- Temos muito tempo para trabalhar nisso - lembrei ele.
- Para sempre, para sempre e para sempre - ele murmurou.
- Isso soa perfeito pra mim.
E assim, alegremente, continuamos aquela parte pequena e perfeita de nossa eternidade.


fim

(Amanhecer - Stephenie Meyer - Livro III - páginas 564 e 565.)

domingo, 2 de janeiro de 2011

Saco de sentimentalismo

A dor de causar-lhe dor é pior do que qualquer dor que pudesse me causar. Fazê-lo sentir algo desnecessário pudera ter sido menos cruel, algo menos torturante, mas fora uma dor incomparável a qualquer outra com que ela já havia lidado anteriormente. Antes, ela sentia dor, agora, já não tinha coração onde pudesse afagar e sentir sua presença, pois não sobrara-lhe nem os cacos mal juntados. E assim, eles haviam desaparecido, até que então, ela pudesse perceber que qualquer dor que ele sentia sobressairia às suas próprias dores, ainda mais se ela fosse a autora da dor de quem ela mais amava. Tudo não passava de uma questão de dor. De tamanhos. Mas haviam dores de tamanhos diferentes? Quem nunca houvera sentido o que ela sentiu não era capaz de distinguir, a dor de causar a dor a quem tanta dor lhe poupou. Dar-me-ei um tempo para perdoar me, e perdoá-lo, por ser capaz de perdoar-me.