sábado, 20 de abril de 2013

A dor de morrer de amor. A dor de viver de amor, e de amor morrer, e por amor matar, e por matar de amor, a dor de dar e receber. Olhos. Mãos. Dedos. Rosto.  Lágrimas. Respiração. Ofegar. Sentir. Chorar. Dor. Fitar. Chão. Pensar. Sentir. Lembrar. Remoer. Lágrimas. Soluços. Ausência. Dor. Respirar. Chorar. Parar. Segurar. Mãos por dar. Pender. Olhar. Respirar. Aguentar. Segurar. Pensar. Sentir. Incompreender. Levantar. Andar. Parede. Olhar. Voltar. Andar. Parede. Olhar. Voltar. Andar. Parede. Olhar. Voltar. Repetir. Sentir. Sentar. Pensar. Amar. Doer. Chorar. Rolar. Doer. Chorar. Soluçar. Sofrer. Sentir. Chamar. Calar. Chorar. A dor de amar. A dor mais antiga que já foi sentida. A mais inebriante dança que o coração se apega, se aperta, se importa, se enrola. O que fazer com tantos soluços que nunca tem fim? Pra onde vai todo sofrimento sentido, quando um olhar já não parece ter verdade?  A verdade é que cada um é responsável pela dor que sente. Se você sente, é porque se permite estar em situações que vão lhe promover sentimentos capazes de ferir o mais profundo ego. Capazes de romper, impreterivelmente, as barreiras das curvas mais sinuosas. Sem amor, sem dor. Sem amor, sem cor.