terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Miss you, miss you all the time

Sinto sua falta. Sinto sua falta o tempo todo, como se estivéssemos acabado de nos conhecer, como se estivéssemos acabado de nos despedir pra nos vermos daqui a umas horas, sinto sua falta como se você estivesse me esperando em algum lugar, e de certa forma, eu sei que está. Sei que sua presença é algo mais perceptível a cada dia, mas não posso evitar sentir a distância. É algo que já faz parte de nós. Sei que te tenho, sei que te quero, sei que é tudo o que eu preciso pra me fazer feliz, mas ao mesmo tempo, sei que não está ali onde deveria estar.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

E eu, que nunca havia pensado em te perder, agora estava em prantos.

Ouvir aquelas palavras haviam me proporcionado uma dor enorme qual não poderia explicar, pois não haviam palavras que se equivaliam à dor para descrevê-la. Fiquei a imaginar como seria a vida se não houvesse você. Se não houvesse tudo aquilo que hoje era o que me fazia abrir os olhos pela manhã, o que me fazia sentir vontade de continuar, o que me fazia sorrir mesmo sem querer. Não pude encontrar respostas. Talvez eu nunca pudesse. E então eu houvera finalmente descoberto que eu nunca havia sido nada sem você, que a vida sem você não havia sentido, que eu jamais havia existido antes de te conhecer.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O interminável amanhecer da imortalidade.

Pus as mãos dos dois lados de seu rosto e fechei os olhos, concentrada.
Eu não me saíra muito bem quando Zafrina tentara me ensinar, mas agora eu conhecia melhor meu escudo. Entendia a parte que combatia a separação de mim, o instinto automático para a autopreservação acima de qualquer coisa.
Ainda não era nem de longe tão fácil quanto proteger outras pessoas junto comigo. Senti o puxão elástico de novo enquanto meu escudo lutava para me proteger. Tive de lutar para empurrá-lo inteiramente para fora de mim; precisei de toda minha concentração.
-Bella!- Edward sussurrou, em choque.
Eu soube então que estava funcionando, e me concentrei ainda mais, trazendo as lembranças específicas que eu havia poupado para este momento, deixando que inundassem minha mente e, com sorte, a dele também.
Parte das lembranças não eram tão claras - lembranças humanas indistintas, vistas através de olhos fracos e ouvidas por ouvidos fracos: a primeira vez em que vira o rosto dele... o que senti quando ele me segurou na campina... o som de sua voz na escuridão de minha consciência vacilante, quando ele me salvara de James... seu rosto enquanto me esperava sob o dossel de flores no dia de nosso casamento... cada momento precioso da ilha... suas mãos frias tocando nosso bebê através da minha pele...
E as lembranças agudas, perfeitamente recordadas: seu tosto quando eu abrira os olhos para minha nova vida, para o interminável amanhecer da imortalidade... aquele primeiro beijo... aquela primeira noite...
Os lábios de Edward, de repente ferozes nos meus, romperam minha concentração.
Com um arquejo, deixei escapar o peso vibrante que tentava manter afastado de mim. Ele voltou como um elástico esticado, protegendo meus pensamentos de novo.
-Epa, perdi!- suspirei.
- Eu ouvi você - sussurrou ele - Como? Como fez isso?
- Idéia de Zafrina. Treinamos algumas vezes.
Ele estava atordoado. Piscou duas vezes e sacudiu a cabeça.
- Agora você sabe - eu disse baixinho e dei de ombros. - Ninguém jamais amou alguém como eu amo você.
- Você quase tem razão. - Ele sorriu, os olhos ainda um pouco maiores do que o normal. - Só sei de uma exceção.
- Mentiroso.
Ele começou a me beijar de novo, mas parou de repente.
- Pode fazer isso outra vez? - perguntou.
Fiz uma careta.
- É muito difícil.
Ele esperou, a expressão ansiosa.
- Não consigo me fixar se tiver a mais leve distração - alertei-o.
- Vou me comportar - ele prometeu.
Franzi os lábios, meus olhos se estreitando. Depois sorri.
Coloquei as mãos em seu rosto de novo, lançando o escudo para fora de minha mente, e então comecei onde eu havia parado - com a lembrança clara como cristal da primeira noite de minha vida nova... demorando-me nos detalhes.
Eu ri sem fôlego quando seu beijo ansioso me interrompeu meus esforços de novo.
-Droga - grunhiu ele, beijando faminto a linha do meu maxilar.
- Temos muito tempo para trabalhar nisso - lembrei ele.
- Para sempre, para sempre e para sempre - ele murmurou.
- Isso soa perfeito pra mim.
E assim, alegremente, continuamos aquela parte pequena e perfeita de nossa eternidade.


fim

(Amanhecer - Stephenie Meyer - Livro III - páginas 564 e 565.)

domingo, 2 de janeiro de 2011

Saco de sentimentalismo

A dor de causar-lhe dor é pior do que qualquer dor que pudesse me causar. Fazê-lo sentir algo desnecessário pudera ter sido menos cruel, algo menos torturante, mas fora uma dor incomparável a qualquer outra com que ela já havia lidado anteriormente. Antes, ela sentia dor, agora, já não tinha coração onde pudesse afagar e sentir sua presença, pois não sobrara-lhe nem os cacos mal juntados. E assim, eles haviam desaparecido, até que então, ela pudesse perceber que qualquer dor que ele sentia sobressairia às suas próprias dores, ainda mais se ela fosse a autora da dor de quem ela mais amava. Tudo não passava de uma questão de dor. De tamanhos. Mas haviam dores de tamanhos diferentes? Quem nunca houvera sentido o que ela sentiu não era capaz de distinguir, a dor de causar a dor a quem tanta dor lhe poupou. Dar-me-ei um tempo para perdoar me, e perdoá-lo, por ser capaz de perdoar-me.