sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Enfim, 31 de dezembro de 2010

Como terminam as coisas? Nem sempre existem os almejados finais felizes, nem sempre tudo é o que parece e nem sempre as coisas tomam o rumo que gostaríamos. O que será que o fim nos mostra? Será que ao fim de tudo temos de encontrar a solução? E se chegarmos ao final e não houver solução? Um dia haverá.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Finalmente, Amanhecer


Eu já tivera mais do que uma cota justa de experiências de quase morte, isso não é algo com que você se acostume. Mas parecia estranhamente inevitável enfrentar a morte outra vez. Como se eu estivesse mesmo marcada para o desastre. Eu havia escapado repetidas vezes, mas ela continuava me rondando. Ainda assim, dessa vez foi diferente. Pode-se correr de alguém de quem se tenha medo, pode-se tentar lutar com alguém que se odeie. Todas as minhas reações eram preparadas para aquele tipo de assassinos - os monstros, os inimigos. Mas quando se ama aquele que vai matá-la, não restam alternativas. Como se pode correr, como se pode lutar, quando essa atitude magoaria o amado? Se sua vida é tudo o que você tem ao amado, como não dá-la? Quando ele é alguém que você ama de verdade.- Stephenie Meyer

Pisioneira da ilusão

Havia tempo que ela não se sentia viva. Havia tempo que ela não sentia nada. Nada em sua vida que pudesse guiá-la até um caminho que, ao menos, disfarçasse as aparências, mas aquilo já não tinha a menor importância diante do turbilhão de sentimentos que inundava sua vida. Ela havia sido corrompida. Tomada pelo desejo alheio de infelicidade, e no fundo no fundo, ela sempre soube o que a aguardava. Era como colocar-se diante do fogo sabendo que vai se queimar. Era como se atirar do alto de um penhasco sabendo o que vai encontrar lá embaixo, como mergulhar pra nunca mais voltar. Embora sentisse muita dor, ela não se movia. Ela havia se acostumado com a dor, e acostumar-se com a dor, acostumar-se com o sofrimento, é o pior destino que alguém pode querer pra si mesmo, é o pior rumo que alguém pode seguir. Pelo menos a dor a guiava. E agora que a dor não está mais lá e tudo o que existe é apenas um enorme vazio que a domina sempre que ela tenta se erguer? Pra onde ir quando todos os caminhos se perderam? Pra onde ir quando todas as portas se fecham? Quando o vazio é tão grande que mal pode encontrar o ar? Pra onde ir quando seu corpo é apenas um suporte para uma alma definhando em uma ilusão que a alimentava? E repentinamente, todo aquele mal que antes a fazia decair agora se tornara tão importante como sua própria vida. Ela, sem tudo aquilo, se resumia a nada. Como viver sem algo que apenas lhe faz mal, mas por outro lado te completa? Era ela uma prisioneira de uma ilusão, tudo não passou de uma mentira pra alimentar seu coração, uma mentira que quase lhe custara a vida, uma mentira que avassalou seu coração.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O desejo

Tal desejo não era tão grande já havia tempo, não sei exatamente o porque, mas ele estava calado. Ela, com o passar do tempo havia se desprendido de tal objetivo por vários motivos, era como se ele estivesse adormecido. Como se ele estivesse deixado de ser por um tempo. Por um tempo. Ele nunca houvera saído de dentro dela, pelo contrário, era como se ele estivesse se resguardado esperando a hora certa de aparecer e resolver tudo o que significava um problema, e com certeza, este viera na hora certa. Até mesmo os problemas pareciam ter vindo na hora certa, até mesmo as dores, as causas e as conseqüências. Tudo ali era perfeito diante das circunstâncias. Tudo era ideal. Tudo o que havia acontecido para que o almejado desejo se tornasse realidade. Então, ela pára, observa o que tem ao seu redor, suspira, não um suspiro normal, mas sim um suspiro de satisfação, relembra cada detalhe de tudo o que passara, e por fim, chega à conclusão de que apesar dos pesares, tudo valeu a pena.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Então abro meus olhos, foi apenas um sonho

Existem coisas que passam por nossas vidas e marcam, deixam rastros, mostras, evidências de que ali estiveram, algumas deixam até mesmo cicatrizes e de repente nos damos conta de que essas cicatrizes são profundas demais para serem simplesmente apagadas. Estar com você é magnífico, único, extraordinário, sem igual. Mas ao mesmo tempo, é como uma espécie de tortura, é como ferir minhas feridas, como chorar lágrimas de sangue, é como reviver todos nossos momentos bons e ruins ao mesmo tempo, nada me pode me fazer tão feliz e me machucar tanto ao mesmo tempo quanto estar com você. Estar com você é contradizer o contraditório.

domingo, 23 de maio de 2010

A certeza que nunca virá

Duvidas, todos nós somos feitos de dúvidas, certezas, incertezas, e é isso o que faz com que possamos acordar diariamente e seguir em frente. Por muito tempo, andei numa nuvem sombria, não podia enxergar a luz, não sabia o caminho a seguir, estive perdida em minhas próprias angústias que insistiam em voltar diariamente, mas agora posso sentir o caminho. Existem coisas que acontecem com um verdadeiro propósito, pessoas que conhecemos com caminhos destinados e papéis importantes a serem cumpridos em nossa vida, e foi exatamente assim que encontrei meu lugar no mundo novamente. Naturalmente, já não me sinto como antes. Não há toda aquele horror e pouco a pouco sinto a solidão finalmente se esquecer de mim. Tudo mudou. Como alguém pode nos tocar tão profundamente em tão pouco tempo? E sabe qual a melhor parte de tudo isso? Eu não quero respostas. Eu não preciso de respostas. Não preciso saber como foi que ele se tornou tão essencial. Não me importa como, me satisfaz apenas saber que ele está comigo. Me lembro de certa vez ter dito algo mais ou menos assim: ''Não procure mais, eu estou aqui e é aqui que quero ficar'' , mas também me lembro que embora eu tivesse dito isso, ainda tinha muitas dúvidas, mas hoje não, hoje eu seria capaz de dizer com toda certeza do mundo e não me assusto mais com isso, chega de ter medo, chega de não confiar, chega de me restringir e não me entregar, chegou o dia de aceitar o que tiver de vir, talvez eu sofra um dia por ter me entregado e deixado alguém chegar tão longe, mas agora eu simplesmente não me importo com isso, não mais. Feels the way I do about you now.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ele havia se tornado o meu Edward. O meu Jacob. O meu tudo.

Enquanto eu lia Eclipse, me deparei inúmeras vezes com Edward e Jacob fazendo coisas, até então familiares para mim, e projetava o meu amor em cima do amor de Bella e me pegava de surpresa, com um sorriso enorme na face. Normalmente, esse tipo de coisa acontecia quando se tratava de Jacob, com seu jeito bruto e doce, o jeito como ele olha pra ela, sua maneira sempre atrapalhada, inconsequente, meio egocêntrico (apesar do meu quase Jacob não saber o que significa egocêntrico). No geral, Jacob nunca sabia como agir com Bella, e ela acabava percebendo isso, e tentava facilitar um pouco as coisas, e quase sempre eu faço isso com meu quase Jacob e sua forma atrapalhada de sempre meter os pés pelas mãos. O que me agrada em ambos Jacobs é que eu consigo ver que mesmo com toda falta de jeito, eles se esforçam e ainda que errando, estão dispostos a aprender conosco, embora não admitam que ficariam perdidos sem nós. Me sinto tão, tão... Isabella Swan.
Quando chegava a parte de Edward, eu me identificava com seu lado protetor. Não sei se meu quase Jacob (e um pouquinho quase Edward) tinha realmente esse lado protetor tão aguçado, mas eu me sinto segura ao extremo quando estou com ele e isso é o que me faz ser quase Bella. Em meio à tantos perigos, perseguições e adrenalinas vindas de batalhas inacabáveis, ela sempre se sentia segura quando estava com Edward, e é o que acontece comigo, sem a parte das batalhas vampirescas ou lobos sedentos. Pois é, acho que estou pirando.

Quando os flashbacks insistem em invadir meu dia

Sinto que estou perdendo o controle. Pensei que eu fosse forte o suficiente pra determinar o quanto posso amar alguém, mas não sou. Como privar minha mente de pensar em alguém durante a maior parte do meu dia? -
Com sentimentos desencadeados, olhos cansados, o corpo pedia apenas mais um abraço, havia sido duro aguentar aquele dia, mas ainda sim eu estava ali, esperando o momento em que eu sentiria o calor do seu corpo e iria me refugiar. Haviam certos momentos durante o dia quais eu sentia flashbacks me fazendo reviver as melhores horas que passamos juntos. Tentei fugir, tentei evitar construir algo concreto, mas agora vejo nitidamente o quanto a minha luta foi inevitável aos seus caprichos, e então, quando dei por mim, não éramos dois, éramos um só, um só. Isso me preocupava eventualmente, confesso, até eu começar a cantarolar novamente e esqueçer de esquecer você. Pensar nele havia se tornado hábito para mim, tudo o que fazia havia uma vaga lembrança dele, até nas coisas que pareciam chatas. Ele estava se tornando o meu Edward. O meu Jacob. O meu tudo.

Esperando sem esperanças

Normalmente eu tento pensar que vai dar certo, me sinto frágil quando penso em você, então escuto suas palavras bonitas, fecho meus olhos, e acredito nos nossos planos. Faço as malas, me sento vagarosamente na estação e ouço os corações ao lado se reconstruindo, enquanto sinto o meu se partir. Sem nunca perder a fé, continuo ali, olhando o parar de cada trem, sentada naquele mesmo lugar, revivendo uma cena que eu mesma criei, onde você chega e me traz a paz. As horas se passam, a noite cai, o frio vem, e eu continuo esperando, esperando, esperando.