Doce, suave, amarga e arrogante. Há quem pense que enjoamos da vida, mas a verdade bem dita é que a vida é quem enjoa de nós. E não se esquece de nos lembrar, que mesmo quando se está enjoado da vida, você ainda está ali, vivo. Essa vida, cheia de oportunidades, novidades, amores, desamores, coisas que vem e vão, feita por chegadas e partidas, perdas e ganhos. Sua ausência é o fim, sem recomeço e emoção. A vida é cheia de fases, com seus pedaços, períodos amargos, faixas largas com data e hora para acontecer cada detalhe. Mas afinal de contas, o que são esses amargos? Essas vidas sempre tão cheias de desafios e tristeza, tantos sentimentos colidindo mutuamente. Não viver do jeito que sempre quis, fazer parte desse mundo medíocre, onde só existem pessoas arrogantes e amargas. Essa é a verdadeira tristeza da vida para quem sabe não olhar para o próprio umbigo. E as partes doces... Ah, as doces e raras. Rápidas como um beija-flor. Quando menos se espera, já se foram. Se vão tão rápido quanto chegam. Até ser acordado novamente pela realidade. A minha vida já enjoou de mim há tempos. Deixe estar, fujo daqui e não volto mais.
Minha alteração de "Vida doce, vida" de Raul Candido, que não me deixa trocar o título. Sweetheart.